Resumindo o contexto atual:
- Em 2015 a ONU lançou 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (metas para 2030), entre eles está o objetivo “Fome zero”;
- A alimentação saudável está ficando cada vez mais restrita à grupos com maior poder aquisitivo;
- Algumas pessoas ainda tomam suplementos, apesar dos preços altos;
- Os níveis mais sutis de desnutrição vêm crescendo de forma acelerada pela pandemia;
- Vender em um Marketplace é difícil de fidelizar os clientes, o que se torna um grande problema no negócio;
- Sem a possibilidade de ter vendas recorrentes ficamos sujeitos à gastar mais recursos para o alcance de novos clientes;
- Suplementos podem ser caros por conta da grande procura e baixa oferta.
A insegurança alimentar cresce

Em 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Agenda 2030, na qual disponibiliza 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que são metas para 2030. Dentre esses 17 objetivos, o 2º, Fome Zero, chamou muita a atenção pois em tempos de pandemia, a insegurança alimentar, que aumentou ainda mais, põe em risco o alcance desse objetivo até 2030. Uma situação triste, visto que não estamos sendo capazes de atender a base da hierarquia das necessidades de Maslow.


O consumo de suplementos aumenta em 2020
Com a pandemia da COVID-19 as pessoas passaram a consumir mais suplementos. As vendas da Ego Fit aumentaram rapidamente nas primeiras semanas em que o vírus chegou ao Brasil. Dentre os produtos mais vendidos, estavam as vitaminas e minerais; suspeitávamos, e foi o que validamos com as pesquisas, que isso acontecia devido a necessidade das pessoas aumentarem a imunidade. Em questão de pouco tempo o estoque já tinha acabado — não só o estoque da empresa, como também o estoque dos fabricantes. Quando conseguimos repor os produtos, as vendas despencaram, mas não foram as pessoas que pararam de consumir.

O Marketplace é uma boa escolha?
Para quem está iniciando no mundo do e-commerce é uma ótima opção estar dentro de um Marketplace. Lá você consegue montar sua loja sem muito esforço e realizar suas primeiras vendas de forma segura. O que determinará um grande fluxo de vendas é o nicho dos produtos e também a quantidade de produtos em estoque.
Os contras
O problema de vender em um Marketplace é sobre fidelizar os clientes. Muitos deles não entendem que o Marketplace é um intermediador entre vendedores e compradores. Várias vezes os clientes já se dirigiram à Ego Fit como funcionários da plataforma, o que acaba com a identidade da empresa.
Além disso, se você por algum motivo tem a necessidade de pausar os anúncios (o que aconteceu com a Ego no início da pandemia para repor o estoque devido a alta procura por vitaminas), quando você ativa os anúncios novamente, seu posicionamento já caiu e fica muito difícil retornar à posição anterior.
Todo esse contexto deixa claro que os clientes não são da Ego Fit, são clientes do Marketplace. Apenas emprestamos esses clientes pagando uma comissão por venda para a plataforma. O que significa que sempre, a cada venda, temos um custo sobre aquisição (ou empréstimo) de cliente. Ao longo de anos, esse custo de aquisição pode ser tão alto que chega a ser inviável utilizar apenas o Marketplace. Fazendo uma alusão ao pensamento de Zygmunt Bauman, eu diria que a relação com os clientes é líquida, visto que os clientes escorrem pelas mãos e a venda recorrente é raridade.
Então deveríamos abandonar os Marketplaces?
Depende da realidade da empresa. Quando o custo de aquisição de cliente dentro da plataforma for mais alto do que o benefício retornado é necessário olhar para novos horizontes. Existem muitos casos de sucesso dentro dessa plataformas. Porém se você é um peixe pequeno, tem que ficar muito esperto ao nadar com tubarões. Acredito que abandonar o Marketplace talvez não seja a melhor escolha, mas expandir os canais de venda sim.
Sobre os fabricantes de suplementos
Sabemos por experiência que os fabricantes desses produtos fabricam por encomenda — apenas a quantidade solicitada mesmo. Se as empresas adotam essa postura, com certeza é pelo fato de já terem produzido em quantidades maiores no passado, terem desperdiçado recursos e ainda terem problemas com a vigilância sanitária. Eu disponibilizaria aqui as notícias relacionadas, mas para manter a integridade dessas empresas, fica por conta do leitor procurar (sorry).
Com a pandemia, a procura por suplementos alimentares cresceu tanto, em relação ao período anterior, que os fornecedores não foram capazes de suprir essa demanda. Faltaram insumos que geraram atraso na produção e consequentemente as lojas também tiveram seus produtos em falta.
O resultado
Os preços dos fornecedores aumentaram e consequentemente o valor final do produto, que já não era baixo, aumentou também.
E quem paga por tudo isso? O consumidor final.
Artigo principal
Este artigo faz parte de um estudo de caso de UX Design: https://egodesign.com.br/estudo-de-ux/
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